Se você nasceu na roça ou tem parente do interior, talvez já tenha ouvido essa história:
“O umbiguinho do neném caiu? Vai enterrar no pé de árvore, no quintal de casa!”
Pois é, muita gente faz isso até hoje. Mas você já parou pra pensar por que enterram o umbigo do bebê? Será que é superstição? Costume antigo? Crendice?
Pegue uma cadeira de palha, sente aí na sombra do pé de manga e vamos descobrir juntos!
🌱 O umbigo: mais do que um pedacinho do corpo
Quando o bebê nasce, o que sobra do cordão umbilical — aquele que ligava ele à mãe durante a gravidez — seca e cai depois de alguns dias. É um pedacinho pequeno, mas cheio de simbolismo!
Pra muita gente do interior, o umbigo representa a ligação com as raízes, com a mãe, com a terra e com a família. Então, enterrar ele no quintal é um jeito de “plantar” essa conexão, de garantir que o bebê vai crescer firme, saudável e com os pés no chão.
🌳 Umbigo plantado, filho enraizado
Tem quem diga que, se o umbigo for enterrado no próprio quintal, a criança vai sempre lembrar de onde veio e vai ter amor pela casa, pela família e pela terra.
Outros acreditam que isso traz proteção contra inveja, mau-olhado e doenças.
É como se fosse uma forma de devolver aquele pedaço do bebê pra natureza, pra garantir sorte e bênçãos no futuro.
🧿 Cada um tem seu jeitinho
Algumas famílias enterram o umbigo perto de uma árvore frutífera, como jabuticabeira ou mangueira. Dizem que isso ajuda o bebê a crescer “doce e forte como a fruta”.
Outras colocam ele num potinho com sal ou açúcar antes de enterrar, como forma de conservar as boas energias.
Tem até gente que enterra e faz uma oração, pedindo pra que o anjinho da guarda proteja o bebê a vida toda.
🍼 E se não enterrar?
Hoje em dia, muita gente joga o umbigo fora ou guarda de lembrança num potinho. Tudo bem também.
Mas lá no fundo, a tradição de enterrar no quintal é um jeito bonito e simbólico de mostrar carinho, respeito e desejo de um futuro bom pra quem acabou de chegar ao mundo.
🌻 No fim das contas…
Mais do que uma crendice, esse costume tem um significado bonito: fazer com que a criança cresça com raízes firmes, como uma boa árvore no terreiro da vida.
E cá entre nós, com tanto amor envolvido, difícil dizer que isso não funciona, né?
Gostou dessa história do nosso Brasil caipira? Compartilha com quem já ouviu essa tradição! E siga o Sertanejeiro pra mais causos e curiosidades da nossa terra!